A estrada ja impressiona. Uma floresta de pinheiros. Aqui pude entender o porque de se utilizar o pinheiro como arvore de Natal. É a única que sobrevive intacta no inverno.
Como o local fica 30km ao norte de Quebec, espera-se que seja mais frio. E estava, como pode-se ver na foto abaixo. O dia estava lindo, ensolarado. Sim, no frio também existe sol, no Canada, e os dias costumeiramente são bonitos, apesar de frio. Ah, e o sol não esquenta nada.
O local é relativamente pequeno, para o ramo da atividade. Possui cento e poucos hectares de área, e possuem 85 cachorros, divididos entre Husky Siberiano, Malamute (abaixo) e Alaskan.
Os Malamutes são grandes e fortes, e aguentam baixíssimas temperatura, como -40, tranquilamente. O problema é que comem de mais, e brigam muito eles. Com humanos, são extremamente dóceis.
Os Huskys Siberianos ja são um cachorro pau-pra-toda-obra. Suportam tranquilamente baixas temperaturas, são fortes e resistentes.
Os Huskys do Alaska, ou Alaskans, são de pelo curto, e portanto não suportam tais temperaturas, mas -20 ainda é de boa. Porém, são muito bons lideres, fortes e resistentes. A maioria dos cães-lideres aqui são Alaskans.
Tanto o Malamute acima quanto o Husky Siberiano abaixo são cães aposentados. Trabalharam por uns 8 anos, e agora ja são idosos, e não querem mais. Ficam no meio das pessoas, na base, o dia todo. As vezes vão para fora, ficam um pouco la, mas voltam.
Este Husky também é um cão aposentado. Belo cão. Pelo porte dos cachorros, percebe-se que são muito bem cuidados. O carinho que eles tem pelos guias e pelos donos, mostra que realmente são muito bem cuidados.
Abaixo, a base. A Husky acima, nas primeiras fotos, encontra-se agora do lado de fora, para tomar um ar.
Para chegar ao canil, uma leve caminhada, de uns 10 minutos. Sim, no meio da floresta e no meio do gelo.
Fui incumbido de guiar o trenó, com a Mi dentro. Ok, caímos duas vezes, mas, faz parte. O importante é que consegui desviar de uma arvore. Não é nem um pouco fácil dirigir isso...Após os 40 minutos, estava suando, a -21 graus.
As vezes os cachorros param para fazer xixi ou cocô, e os guias pedem para que quando um parar, parar o trenó. O incrível é que eles adoram passear. Antes de partir, eles ficam latindo que nem loucos, de ansiedade. Quando partimos, eles levantam o rabo e colocam as orelhas para trás, em sinal de alegria.
A maioria dos cachorros fazem o percurso apenas duas vezes por dia. Alguns, uma vez. Assim, essa corrida é uma diversão para eles, e não uma obrigação. Consequentemente, eles a fazem felizes e bem feito. São muito dóceis e mansos, com pessoas. Claro que abraçamos todos eles (sim, aquele abraço de urso).
Após a corrida de mais ou menos uns 40 minutos, nos levaram para conhecer o canil e o lugar onde preparam as comidas. Os cachorros comem uma vez por dia, uma mistura de carne de vaca moída e ração profissional, e muita água. Isso porque muitos deles não gostam de beber agua, então, misturam bastante água na comida como uma maneira de força-los a beber. Eles comem após a corrida da tarde.
Pela manhã, tomam uma sopa.
O interessante é que os trenós são compostos por 5 cachorros: dois lideres na frente, um no meio e dois atras. Sempre correm juntos, a nunca misturam os cães. Assim, eles se conhecem e sabem como os outros companheiros trabalham. Os lideres, estão sempre nas mesmas posições. Os guias do parque, conhecem todos os 85 cachorros por nome, temperamento, o quanto comem, etc.
Na foto abaixo, o nome dos 5 cachorros que nos levaram: Blackie e Watson (lideres, Alaskans), Snorow e Slush (Huskys) e Amarok (Malamute)
As casas dos cachorros são feitas la mesmo, de madeira grossa. São elevadas do chão, para proteger do frio, e quando a temperatura cai muito, cerca de -40, eles colocam uma proteção extra. Os Alaskans, ficam dentro do balcão nessas condições.
No verão, outras atividades existem no parque. Para maiores informações, visite o site deles:
http://www.traineaux-chiens.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário