terça-feira, 18 de março de 2014

Belém (Palestina) II

Continuando a jornada de meio dia por Belém, fomos então à Basílica da Natividade, onde supostamente seja o local onde Jesus nasceu. La existe uma gruta, e claro, uma igreja. Uma igreja que  são três igrejas.


A Basílica foi declarada patrimônio da Humanidade pela Unesco, em 2012. É considerada uma das igrejas, ainda em uso, mais antigas do mundo. Sua construção deu-se por volta de 326, quando a mãe do imperador Constantino, Helena, visitou o local. No sexto século, em meados de 550, uma disputa entre Judeus e Samaritanos incendiou a Basílica, e o que esta no local hoje é a reconstrução feita por Justiniano I, poucos anos depois.

Quando os Otomanos dominaram o local, em meados dos anos 600, destruíram todas as igrejas/sinagogas da região, exceto esta. Diz a história que ao chegarem dentro da igreja, viram a representação dos três reis magos, vestidos com roupas persas. Então, não entenderam muito bem o que era aquilo, e decidiram não destruir.

Ficou de pé até 1837, quando uma série de terremotos abalaram as estruturas da Basílica. Desde então, ela passa por reformas periódicas.

Ao chegar no local, vê-se uma praça, turistas e um prédio velho, reformando.



A entrada da Basílica é tão pequena, que qualquer pessoa que possui mais de um metro e meio de altura, mais ou menos, precisa abaixar para entrar. Isso foi feito durante a Idade Média para impedir que camelos e outros animais grandes entrassem na igreja.



Entrando na Basílica, tem-se o pátio principal à frente e à direita um corredor que leva à gruta subterrânea.


Abaixo, o corredor da alteral direita, que leva à grota. O altar central e à direita, pertence aos Ortodoxos, à esquerda aos Armênios e as salas ao lado esquerdo, aos Católicos. Sim, é confuso.


Da construção original, de Helena, apenas sobraram os mosaicos no piso. Posteriormente, o piso foi elevado, e o piso atual esta sob os mosaicos. Quando os terremotos abalaram as estruturas, em meados do século 19, os engenheiros re-encontraram os mosaicos, aos vasculhar o chão da Basílica a procura de rachaduras na estrutura inferior.

Os mosaicos contém a cruz bizantina, que é a chamada suástica, em sua forma original. Sim, o mesmo símbolo que Hitler utilizou para o partido Social Nacionalista, 1600 anos depois, e não, não foi ele quem inventou aquilo. Ele não tinha capacidade para tal...


Detalhes dos mosaicos de Helena (ano 326)




Abaixo, um pouco mais de detalhe sobre o altar central, pertencente aos Ortodoxos. Repare nas lâmpadas suspensas, características dos Ortodoxos


À esquerda, existe um corredor que leva à gruta da natividade.


Uma estrela de 14 pontas marca o local onde Jesus teria nascido. Tal estrela é adorada por peregrinos, que ajoelham-se perante ela e a beijam.


Detalhes da gruta. A esquerda, abaixo, uma mulher beija a estrela, no Altar da Natividade


Saindo da grota, tem-se o lado Armênio. Pinturas e inscrições dos Cruzados (século 11) marcam essa parte da Basílica


Saindo da nave da Basílica, existe outra gruta, com a tumba de S. Jerônimo, tradutor do Antigo Testamento, da Septuaginta (ao invés do Hebraico) para o Latim, na chamada Vulgata. Mas, o túmulo não contém mais seus ossos. Quando os Cruzados dominaram a cidade, levaram os para Roma.



Saindo na Grota (gruta), tem-se um painel em bronze, trazido pelo Papa João Paulo II em sua visita à Belém, mostrando a raiz das gerações, com Abraão, as 12 tribos, até chegar em José, que não tem ligação sangüínea com Jesus, mas sim conectado à ele. Na foto abaixo, sem querer, cortei a parte que aparece Jesus sobre o globo. É um painel de uns 3m de altura por uns 3m de largura.


Para maiores informações sobre a Basílica da Natividade, consulte os sites abaixo:

Um comentário:

  1. Boa noite, Casal

    Incríveis são as fotos e a narrativa.

    Parabéns! Aprendi muito com vocês hoje.

    Continuem compartilhando... Bom passeio!

    Abraço
    Vanessa

    ResponderExcluir